A hostilidade entre Jobs, um gênio da eletrônica desde a infância, e Gates, programador prodígio, se atenuou nos últimos anos, mas a história do antagonismo entre eles é lendária, e foi até imortalizada em um filme produzido para a TV em 1999, "Piratas da Informática" (Pirates of Silicon Valley).
Um acordo histórico assinado em 1997, sob o qual a Microsoft comprou uma participação acionária na Apple e se comprometeu a produzir software para os computadores Mac, gerou um arranjo que ajudou a salvar a concorrente da falência que então parecia iminente.
Em 1997, em um encontro através de uma vídeo-conferência onde Gates se reservou a não aparecer pessoalmente, Jobs decretou: “A era de competição entre Apple e Microsoft acabou”. Não foi bem assim, mas é fato que a relação entre a empresa mais amada e a mais odiada do mundo entraram em “banho-maria” nos últimos dez anos. Parece que, nesse meio tempo, Gates e Jobs pararam de disputar o cargo de “presidente, dono e CEO” do mundo. A Microsoft se tornou uma empresa rica e referência no mundo do software. A Apple se tornou uma companhia cultuada e referência em hardware. Talvez Gates e Jobs tenham percebido que, com cada um na sua, o mundo poderia ser mais leve.
Jobs e Gates, juntos, representam um momento único, solene. Alguém importante já escreveu que uma das marcas da condição humana é a imensa precariedade das coisas. Pois Jobs e Gates, ao criarem um mundo em que tudo funciona de modo quase perfeito, são um desafio a essa miséria intelectual e emocional. Vê-los ali, lado a lado, não representa apenas um evento que atrai multidões, mas um momento que convida à reflexão. Dois ícones da tecnologia mundial têm um passado tão rico, fizeram tantas coisas. Estar aqui, presenciar esse momento tão precioso é um privilégio, algo que com certeza contaremos aos nossos filhos e netos quando formos ensiná-los a usar um computador.
Fontes:
http://info.abril.com.br/ e http://www.epoca.com.br
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